Tejo representou uma abordagem inicial na definição de uma metodologia de fotografia de paisagem, inserida num trabalho maior que tem como base o território português. Mais tarde viria a atingir uma recolha à escala de todo o território continental em Portugal – O Sabor da Terra. Era a tentativa de registo de uma multiplicidade de aspectos de uma terra de grande diversidade, desde os elementos de estrutura, territórios difíceis de apreender, que estabelecem relações múltiplas e ambíguas com terras confinantes, até aos micro-lugares ou paisagens delimitáveis onde existe uma tensão própria que define a especificidade de um sítio, o seu carácter, aquilo que vulgarmente designamos como o “espírito do lugar”. Percorrer tempos sucessivos da passagem de homens, das formas primitivas de ocupação e domínio do território, elementos arquitectónicos tradicionais até às estruturas edificadas mais recentes e complexas: as cidades.