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Foram estruturadas as várias saídas de campo em função da região. Foi na segunda quinzena de outubro que fiz a quase totalidade das fotografias. Não é o melhor mês para um trabalho intensivo de fotografias de paisagem devido à instabilidade climatérica e ao facto de, nesta época do ano, em dias claros, o Sol já «andar» muito baixo e assim colocar alguns problemas de contraluz, ou, o reverso, não conseguir evitar que a minha própria sombra aparecesse na fotografia. Na realização das fotografias foi procurado o mais absoluto respeito pela autoria de Orlando Ribeiro, este trabalho limitou-se a uma cópia da tomada de vista das fotografias originais. As fotografias atuais terão sido feitas nas mesmas condições em que o foram por Orlando Ribeiro. No local foi procurado o ponto de tomada de vista, que quase sempre foi encontrado com muito razoável precisão, e feita a fotografia. Orlando Ribeiro também, seguramente, não esperaria por condições de iluminação ideais; fotografava como quem toma um apontamento para um trabalho em curso, um trabalho que neste caso era uma vida, e continuava. Não houve nunca a pretensão de conseguir as mesmas condições de iluminação das fotografias de Orlando Ribeiro, pois isso seria manifestamente improvável de ser conseguido. (p.13)
Reproduções das fotografias de Orlando Ribeiro, para apoio do trabalho de campo.