Observada do exterior, a Igreja de São Francisco, em Évora, assemelha-se a um enorme paralelepípedo que se ergue da malha urbana que a envolve. Esta simplicidade formal é contrariada por uma galilé muito original, que antecede o portal de acesso ao templo. Uma abóbada de aresta é apoiada em seis pilares de pedra, encimados por arcos de recorte variado — quebrado, volta perfeita, ferradura — que assumem o desafio experimental da arquitetura manuelina, na sua tentativa de inovação e de libertação dos padrões do gótico tardio. (pp.240-241)