Ao contrário de praticamente todas as fotografias que fiz no decurso deste trabalho, em bom rigor, não estou certo que Orlando Ribeiro tenha estado no mesmo exato local onde me posicionei para fazer esta fotografia. Nem tão-pouco estou certo de que o solo que o geógrafo pisou se encontrava ao mesmo nível dos pavimentos que atualmente cobrem a terra. Talvez já existisse a estrada que liga a Sesimbra o seu porto de pesca. O pequeno vale com que me deparava era o mesmo do passado, bem como a encosta que do castelo se prolonga até ao mar, agora coberta de árvores.
O único ponto comum entre esse passado não muito distante da observação de Orlando Ribeiro e a atualidade é o torreão poente do castelo de Sesimbra. (pp.114-115)